sábado, 9 de julho de 2011

Opinião pessoal

Olá, seguidores!

Depois de tanto tempo pesquisando e nos envolvendo com a homeopatia, achamos que estaria na hora de demonstrar a vocês a nossa opinião acerca desse tão debatido tema.
Como seria muito difícil de se chegar a uma opinião do grupo como um todo, visto que alguns acreditam plenamente e outros têm suas desconfianças, preferimos que cada integrante desse a sua opinião.

A seguir, então, vocês poderão saber o que cada um tem a dizer sobre a HOMEOPATIA! :)

Jéssica Othon

Após meses pesquisando sobre esse tema muito controverso, minha opinião oscilou bastante sobre a verdadeira eficácia dos medicamentos de uso homeopático. Depois de muito pesquisar e conversar com profissionais da área e pessoas que já fizeram uso desse tipo de medicamento, acho que já posso dizer que tenho uma opinião formada. Acredito que não se pode afirmar que algo é errado ou não funciona apenas pelo fato de não se poder provar cientificamente seu funcionamento. Deve-se levar em consideração a limitação dos atuais métodos utilizados na tentativa de provar a hipótese de "memória da água", afinal, temos vários exemplos, hoje comprovadamente verdadeiros, de teorias que foram refutadas no tempo em que foram criadas e expostas. As pesquisas no campo da física quântica ainda estão em desenvolvimento e, talvez daqui há algum tempo, poderemos comprovar a eficácia ou não desse tipo de terapia. O que não podemos deixar de levar em consideração é o fato de que pessoas (crianças e adultos) e até animais são tratados com medicamentos de uso homeopático e apresentam uma melhora considerável. Como afirmar que um medicamento que trata crianças, as vezes bebês, e animais é um simples placebo? Com certeza, ainda há muito o que explicar!

Jessica Ramos

Minha opinião sobre a homeopatia é bastante relacionada a minha experiência pessoal.Quando criança, sofria de intensas crises inflamatórias nas amígdalas.Os médicos alopatas costumavam diagnosticar infecção bacteriana, que os levava a prescrever antibióticos.Esses remédios acabavam por agredir intensamente meu organismo, causando náuseas, além de promoverem seleção de bactérias resistentes quando utilizados frequentemente.Meu pediatra, então, passou a prescrever um medicamento homeopático, obtendo grande sucesso não apenas curando as crises, mas diminuindo incrivelmente a frequência com a qual ocorriam.

Por esse motivo e tantos outros casos relatados de cura homeopática , realmente acredito na eficácia da homeopatia.Sei que muitas pessoas alegam já terem feito seu uso e não observaram melhora alguma, mas sabe-se que a prescrição correta de um remédio homeopático é algo que exige observação atenta dos diversos aspectos do indivíduo, além de um vasto conhecimento sobre as características de cada medicamento.Como explicado durante nossas publicações, a utilização da substância incorreta acarreta a não eficácia ou até a agravação da doença.Então, deve-se considerar também a existência de diversos profissionais despreparados, que podem ser um dos responsáveis por essa desconfiança geral com relação à homeopatia, aliados a falta de provas bioquímicas sobre sua eficácia.Não acredito que algo deixa de ser válido apenas por não conseguirmos obter provas sobre ela, até porque dados estatísticos mostram que o índice de cura é realmente mais elevado que dos placebos.Talvez, a ciência ainda não esteja evoluída o suficiente para analisar a homeopatia de forma a descobrir a maneira como ela realmente age, promovendo cura.

Leonardo Vaz

Mesmo depois destes meses pesquisando sobre homeopatia, ainda não consegui chegar a uma opinião formada acerca do tema. Se, por um lado, há vários relatos do funcionamento do método, por outro, não há provas científicas convincentes da real eficácia.

Tocou-me, principalmente, a forma como os homeopatas tratam seus pacientes: muitos médicos por aí têm muito que aprender com eles, neste aspecto. E isso pode ajudar no tratamento: a simples confiança e o vínculo gerados entre médico e paciente. Além, é claro, das visões holística e humanizada que a homeopatia prega na medicina.

Porém, sou um pouco cético e não sei se deveria confiar em água ou açúcar para o tratamento de doença. Não vejo muito sentido em tratar uma doença através de fármacos (quando existem) que causem os mesmos sintomas, agindo em vias diferentes das quais a doença em si age sobre, simplesmente para um “reconhecimento” dos sintomas pelo corpo.

Às vezes questiono se é preciso ser tão cético assim para só acreditar em algo que se pode provar, mesmo com algumas evidências do funcionamento. Acho que, se a homeopatia fosse realmente inútil, já teria caído no esquecimento, pois algo que não funciona de forma alguma não é mantido vivo por dois séculos. Embora nunca tenha visto alguem se tratando por este método, creio que deva funcionar, mas não da forma milagrosa como algumas pessoas dizem acontecer.


Natasha Caldas

Depois de tantos posts mostrando os pontos a favor e contra a homeopatia e também as infinitas possibilidades de tratamento utilizando esse método, além da possibilidade de ser tudo uma grande farsa e simplesmente um medicamento placebo, percebi o quão difícil é ter uma opinião definida sobre a homeopatia. Pessoalmente, acredito, e sempre acreditei. Quando criança, fui tratada com a homeopatia, e os medicamentos sempre alcançaram o seu propósito. Mas, depois de fazer esse blog, percebo que existem algumas coisas que ainda precisam ser explicadas para que se possa ter plena confiança nesse tipo de tratamento. Ainda assim, acho que a homeopatia tem conseguido provar o seu valor, conseguindo resistir até os dias atuais apesar de toda a desconfiança que a ronda. Afinal, uma coisa que não funciona não consegue se manter por mais de 300 anos e ainda ter a aceitação de tanta gente, não é? =)

Vitor Paiva
Minha opinião a respeito da homeopatia é a de que esta é uma abordagem de suma importância quando se analisa a história das idéias, que irremediavelmente é um fator preponderante para o desenvolvimento das ciências. Muito embora ela de fato não seja comprovada cientificamente e seus efeitos fisiológicos possam não passar de um bem feito conjunto de suposições ideológicas a respeito do corpo e da mente, a homeopatia deve ser enxergada como um manifesto do esforço em se humanizar práticas científicas e clínicas. Como expresso em diversas postagens, a abordagem holística pregada pela homeopatia é muitas vezes o que falta para o bom tratamento e, portanto, qualquer estudante da área da saúde deve enxergá-la com respeito, mesmo não existindo qualquer evidência comprovável de que ela funcione. Agora, isso não quer dizer que ela deva ser adotada como procedimento padrão, muito menos em sistemas públicos de saúde. Deve ser respeitada e admirada tão simplesmente pelo que é, vale dizer, uma prática e uma idéia que infelizmente já está ultrapassada, e que no máximo poderia ter o mesmo benefício que a ficção científica, ou seja, o de insuflar a criatividade de clínicos ou cientistas para novas técnicas.


Aproveitamos também essa oportunidade para agradecer a todos que acompanharam esse blog!
Esperamos que tenhamos sido capazes de esclarecer todas as duvidas pertinentes a essa tema!

Curiosidade! - Famosos que utilizam a homeopatia

Bom dia, Seguidores!!! =)

Hoje eu vou tentar sair um pouco da explicação da homeopatia, e vou falar algo que alguns já podem ter se perguntado.

Sabe-se que a dúvida da eficacia da homeopatia ronda aqueles que utilizam esse método de tratamento. Apesar disso, milhoes de pacientes, no mundo todo, se dizem curados. Aqui no Brasil, cerca de 60% da população acredita em homeopatia ou já utilizou remédios homeopáticos.
Então, será a homeopatia PLACEBO?
Essa é uma pergunta que, talvez, nunca seja esclarecida. Porém, muitos famosos utilizam esse tratamento, o que colabora com o pensamento de que a homeopatia pode, sim, funcionar realmente!

Curiosos para saber quem são os famosos que utilizam os remédios homeopáticos?

"É mais do que comprovado que a homeopatia funciona e vai da escolha você querer se tratar ou não", diz o ator Felipe Folgosi.

"Eu acho que a homeopatia tem uma propriedade, uma inteligência na maneira de lidar com cada pessoa", acredita o ator Otávio Muller.


Não são só os brasileiros que acreditam na homeopatia!

Paul McCartney, Tina Turner, Ludwig van Beethoven, Cher, Axl Rose, Jenniffer Aniston, David Beckham, Catherine Zeta Jones, Tobey Maguire, Orlando Bloom, Pamela Anderson, e até mesmo alguns estadistas como Tony Blair e Bill Clinton, também preferem estes tipos de tratamento mais natural.


E, por mais incrível que possa parecer, até a Rainha da Inglaterra, SIM, vocês leram certo!
A Rainha Elizabeth II também é adepta dos remédios homeopáticos tendo a família real, inclusive, um homeopata particular, o Sr. Peter Fisher. E esse fato pode surpreender alguns, já que algumas das maiores instituições científicas britânicas afirmam que a homeopatia não tem fundamento científico (vejam o post Homeopatia - o teste, de maio para maiores informações).

A partir daí surge a duvida, novamente: Será que a homeopatia realmente funciona? Se instituições científicas de um país tão conceituado quanto a Inglaterra dizem que não, mas sua rainha a utiliza, onde poderemos achar a verdade?
Como já foi dito, talvez, essa pergunta nunca encontre uma resposta!

Referências:


Posted by Natasha

Homeopatia como forma de combate a dengue

Olá, seguidores!

Começamos hoje comentando um pouco sobre o caso do vídeo a seguir: a “vitória” da homeopatia sobre a dengue na cidade de Macaé!

Além das já conhecidas formas de combate a dengue (“fumacê”, rotinas preventivas), a medicação homeopática aparece como uma das mais utilizadas formas de profilaxia nessa guerra. Em dados numéricos, foram aplicadas duzentas mil doses somente no ano de 2008 em Macaé.

“É vacina?” Em resposta a pergunta do repórter Ismar Madeira, da rede Globo, a homeopata e sanitarista, Laila Nunes, esclarece que as gotas são “um medicamento homeopático que ajuda a prevenir os sintomas da dengue”. Os resultados foram surpreendentes, uma vez que, enquanto na região metropolitana e norte do estado o número de casos cresceu 300%, em Macaé o número caiu em 62%. O remédio não possui fórmula pronta e é feito de substâncias que, segundo a homeopatia, servem para amenizar a febre, as dores no corpo e diminuir a tendência à hemorragia. A fórmula do remédio muda de acordo com os sintomas observados na comunidade, já foram utilizadas três tipos de medicamento em épocas diferentes.


Segue abaixo a receita idealizada pela Doutora Ana Teresa Dreux, de um remédio homeopático, que pode ser utilizado como forma de prevenir a dengue, tal qual a campanha do combate a dengue em Macaé:

“Composição:
RHUS TOX.
EUPATORIUM perf.

CHINA off.
LEDUM PALUSTRE
GELSEMIUM
5CH/ aã
Pode ser feita em glóbulos (sacarose) , tabletes (lactose) ou gotas

(alcoolatura a 30 ou 70%) em QUALQUER farmácia homeopática ,
colocando ao lado dos componentes acima a forma de apresentação:
Glóbulos ou tabletes, 12g; gotas 15ml.
Pode ser usado como preventivo do dengue desta forma:
-tomar 3 glóbulos ou tabletes ou gotas UMA VEZ AO DIA enquanto
durar a temporada DA epidemia. Isto tanto para ADULTOS como para
crianças de qualquer idade , sendo que no caso de crianças Não se
USA a forma alcoólica.
O medicamento deve ser dissolvido LENTAMENTE na boca.
Como TRATAMENTO , no caso de Dengue ou mesmo suspeita de dengue , o mesmo
número de glóbulos etc , de 2 em 2 horas até a r
emissão
COMPLETA dos sintomas.
Nos inúmeros casos que tenho tratado , a doença evolui de forma

branda e resolve sem agravar ou deixar sequelas.
Para pacientes que a usam como PREVENTIVO , até hoje Não houve
NENHUM CASO de contaminação, pelo menos a mim relatado.
Em caso de DENGUE HEMORRÁGICO , acrescenta-se 2 Medicamentos ao tratamento
acima:
PHOSPHORUS 12 CH – 4 glóbulos ou tabletes(ou gotas) pela manhã e à
tarde; CROATALUS HORRIDUS 12 Ch , 4 tabletes até as
plaquetas normalizarem-se.

Nos casos que tenho acompanhado, as plaquetas sobem rapidamente de
maneira SURPREENDENTE.
A alcoolatura de 30% é indicada para pacientes que não podem tomar
açúcar e o medicamento não tem prazo de validade muito Grande.

Com alcoolatura a 70% , o prazo é de 2 ANOS.
Óbvio é que para crianças é mais indicado em tabletes.
Quem tem alergia a lactose deve usar OS glóbulos.
Pode -se usar EXTERNAMENTE a POMADA de Ledum Palustre como
REPELENTE, que funciona de modo bastante eficaz e não traz alergias.
Claro está que a Homeopatia não dispensa nem interfere nos cuidados

médicos obrigatórios nestes casos nem se deve desleixar na
erradicação do vetor, combatendo seus focos de proliferação.”

Em entrevista ao site naturalhealthstrategies.com a Dra. Dreux esclarece muitas questões sobre a homeopatia e a prevenção da dengue.

NHS.com: A homeopatia tem uma vacina ou um
homeoprophylaxis (o uso de medicinas homeopáticas p
ara a prevenção) específica
para dengue? Tratamento natural existe?



Dra. Dreux: Prevenção não é vacina. Nesta, inocula-se no indivíduo, um vírus ou uma
bactéria atenuada. Na prevenção faz-se uso de medicamentos homeopáticos selecionados
criteriosamente e que cobrem, por assim dizer, a totalidade ou a quase
totalidade dos diferentes sintomas que ocorrem em diferentes indivíduos no
decorre de uma epidemia, neste caso, agora, referendando-nos a Dengue.

Confira a entrevista na íntegra no link abaixo, é bastante elucidativa:

http://www.naturalhealthstrategies.com/dengue-tratamento-natural-pt.html

Mas a homeopatia ainda não possui 100% de aceitação. A secretária de saúde do estado de São Paulo queria proibir a distribuição das doses homeopáticas na cidade de São José do Rio Preto, afirmando que a distribuição estava sendo feita de forma indiscriminada e a eficácia do remédio não havia sido comprovada. A prefeitura de São José do Rio Preto reagiu e impediu que a distribuição fosse paralisada. Como resultado, observou-se que 80% dos pacientes da cidade que tomaram o medicamento não tiveram dengue. Foi também analisado que quem tomava o remédio, sem estar doente, adquiria uma proteção, e quem tomava, estando doente, diminuía a duração do quadro.

REFERÊNCIAS:

http://www.ceara.gov.br/sala-de-imprensa/noticias/3393-homeopatia-contra-a-dengue-e-tema-de-debate-na-42o-reuniao-anual-do-hgf
http://kiminda.wordpress.com/2008/04/04/homeopatia-contra-a-dengue/

http://www.naturalhealthstrategies.com/dengue-tratamento-natural-pt.html

http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u502191.shtml

http://www.youtube.com/watch?v=GS2yjoiAEP0

Posted by Jéssica Othon

Abordagem homeopática para tratamento de infecções- parte III

A beleza de uma planta pode esconder seus efeitos letais. No entanto, a homeopatia enxerga ainda mais beleza nessa letalidade.

Olá leitores! Neste post daremos continuidade à investigação dos princípios de ação bioquímica e farmacológica de medicamentos homeopáticos destinados ao tratamento de infecções. Como já mencionado, a abordagem homeopática difere dos antibióticos ou antivirais alopáticos tradicionais principalmente quanto às indicações do fármaco. Em vez de se focar em desestabilizar o agente infeccioso, a homeopatia prega um tratamento basal da infecção por meio dos sintomas e do quadro geral de apresentação da patologia no paciente, o que pode parecer logicamente paradoxal, mas que se insere no contexto homeopático. Um medicamento popular para tratar infecções com homeopatia é o Aconitum.

Ele é conhecido como a “Vitamina C” homeopática, tendo em vista que é habitualmente indicado quando os primeiros sinais de uma infecção se tornam evidentes. Pode ser administrado quando há infecções respiratórias, como a gripe, dor de garganta, otite ou infecção urinária. Segundo os homeopatas, a indicação é ainda mais necessária quando os sintomas se iniciam subitamente e são intensos, o que geralmente se manifesta por febre alta, cansaço ou sede excessiva. Mais uma vez, leva-se em conta todo um perfil inclusive psicológico do paciente, já que o Aconitum é prioritariamente indicado quando tais infecções são causadas por um choque emocional recente no paciente, que pode ter efeitos deletérios no sistema imunológico, facilitando a ocorrência da infecção. Mais uma vez, seguiremos o método de analisar os efeitos esperados de uma overdose a que um organismo seria exposto ao princípio ativo, para que assim possamos avaliar o uso da substância no quadro geral da tese homeopática.

O Aconitum, princípio ativo também extraído de extratos herbáceos de plantas tradicionalmente utilizadas na medicina chinesa, possui o alcalóide aconitina, que é conhecida popularmente como a “ Rainha dos Venenos”. Trata-se de uma potente neurotoxina que abre canais de sódio na membrana plasmática de células do coração e outros tecidos, e é inclusive empregada para se criar modelos de arritmia cardíaca. Assim como outros alcalóides, a aconitina é prontamente absorvida pelas mucosas, e também pela pele. A morte provocada quando há exposição a determinadas doses da toxina geralmente advém da paralisia respiratória e desequilíbrio cardíaco. Poucos minutos após a exposição, inicia-se um quadro de parestesia em extremidades, que pode se propagar pelo corpo provocando paralisia e anestesia por onde passa. Em função destes quadros fisiopatológicos do sistema nervoso que a aconitina provoca, a pessoa pode ser acometida por dor forte ou diarréia. Não há antídoto conhecido, logo o tratamento a essa toxina é gerlamente focado no alivio dos sintomas, para que se possa chegar a uma relativa estabilidade fisiológica do paciente em que seja possível que as vias metabólicas promovam a desintoxicação do corpo.

Como a toxina age mediante a abertura excessiva e extranumerária dos canais de sódio, sobretudo da musculatura do coração, gera-se um quadro de sintomatologia que pode de fato se assemelhar ao que se observaria no início da ação sintomatológica de diversas infecções, dentre as quais aquelas citadas anteriormente. Logo, os homeopatas utilizam aconitina em microdiluições para teoricamente acostumar o corpo do paciente com tal quadro patológico, aumentando e fortalecendo a resistência basal imunológica à efetivação do quadro pernicioso da doença.

Posted by Vitor Paiva

Referencias:^ Wang SY, Wang GK (February 2003). "Voltage-gated sodium channels as primary targets of diverse lipid-soluble neurotoxins". Cellular Signalling 15 (2): 151–9.doi:10.1016/S0898-6568(02)00085-2. PMID 12464386.


Queridos leitores,

Há alguns dias, presenciei uma cena em minha família que me deixou bastante curiosa.Minha tia, ao se deparar com as queixas de dor na garganta da filha de nove anos, foi logo buscar no armário de remédios uma solução alcoólica de um remédio homeopático para dar à criança.
Imediatamente, perguntei à minha tia que sintomas o medicamento tratava.Ela então respondeu que costumava curar qualquer doença que a filha tinha, não sintomas específicos, por isso era o primeiro recurso ao qual recorria.Ao ouvir a resposta,
me veio uma grande dúvida: Será que a homeopatia, assim como os demais medicamentos, causa algum mal quando usada para tratar sintomas diferentes daqueles que causa?
Por meio de pesquisa, encontrei um artigo muito interessante, que respondia minha pergunta e ainda falava sobre o tratamento profilático por meio da homeopatia.Resolvi, então, falar um pouco dele aqui no blog.

Para aqueles que não acompanham o blog, foi explicado anteriormente o princípio homeopático da cura, chamado princípio da similitude.Segundo este, um conjunto de sintomas deve ser curado pela utilização de soluções de substâncias que os causem quando ingeridas em doses não diluídas.

Para que haja a prescrição do medicamento correto, diversos fatores são levados em consideração, não apenas os sintomas.Dentre eles posso citar os psíquicos e emocionais, que, além de trazerem uma grande individualização dos remédios homeopáticos, ainda remetem à cura pelo bem-estar geral do corpo.Isso ocorre, pois o tratamento homeopático considera a doença como um desequilíbrio geral nas funções orgânicas, devendo ser tratada pela manutenção da saúde total do corpo.Hahnemann falou sobre isso em seu livro, "Organon da arte de curar":

“Somente a força vital morbidamente afetada produz as doenças, de modo
que ela se exprime no fenômeno mórbido perceptível aos nossos sentidos,
simultaneamente a toda alteração interna, isto é, a toda distonia mórbida
da Dynamis interna, revelando toda a doença. Por outro lado, contudo, o
desaparecimento de todo fenômeno mórbido, isto é, de toda alteração
considerável que se afasta do processo vital saudável, por meio da cura,
certamente também implica e pressupõe, necessariamente, o
restabelecimento da integridade do princípio vital e, conseqüentemente, o
retorno da saúde a todo o organismo”. (Hahnemann, Organon da arte de curar, §12)


Seguindo este princípio, pode-se concluir que a homeopatia é uma grande aliada no tratamento profilático, promovendo um estado de bem -estar geral do organismo, evitando desequilíbrios que possam causar doenças.

Agora, retornando ao tema da individualização da homeopatia, encontrei a resposta da pergunta que me fez escrever esse post.A individualização da homeopatia, citada acima, permite também que ela seja utilizada para curar doenças epidêmicas, pela grande semelhança entre os sintomas.

Hahnemann descreve casos em que uma febre acometeu crianças no ano de 1797, tendo como sintomas calafrios ; rosto coberto com suor frio; debilidade da memória; respiração excessivamente curta e espasmódica.Tal epidemia foi tratada com grande sucesso por Ignatia amara.Meses depois, surgiu uma nova febre, que possuía sintomas característicos diferenciados.Quando tratada pela mesma Ignatia amara da doença anterior, a enfermidade era agravada, mostrando que outro remédio deveria ser empregado.Passaram, então, a utilizar Opium, conseguindo sucesso no tratamento.

Por meio dessas observações, é possível perceber que os medicamentos homeopáticos, muitas vezes não levados realmente à sério pelas pessoas, que pensam que são apenas álcool e bolinhas açucaradas, não podem ser tomados de maneira aleatória, nem se curaram alguma outra doença anteriormente.A homeopatia não é uma "aguinha milagrosa" genérica que quando ingerida tem a capacidade de curar qualquer doença.Ela tem especifidades importantes, que se não forem levadas em conta no momento de sua prescrição pode não causar benefícios e chegar a causar males, como no caso da segunda epidemia relatada.Por isso, não pensem de acordo com o senso comum "Se não curar, mal não fará", pois, no caso da homeopatia, ele nem sempre funciona...

Bibliografia:

http://www.aph.org.br/revista/index.php/aph/article/view/36/68


Posted by Jessica Ramos.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Cristais de Água









Olá, seguidores!

Falaremos hoje mais um pouco sobre a substância fascinante que é a água, o solvente mais utilizado nos medicamentos de uso homeopático!

O cientista japonês Masaru Emoto, estudioso de física quântica, desenvolveu uma curiosa técnica para a observação de cristais de água em determinadas situações. Seu trabalho consistia em submeter amostras de água a certos contextos, congelá-las e depois fotografá-las. Os resultados obtidos foram surpreendentes!


Amostras de água expostas a uma composição de Mozart, por exemplo, formaram lindos cristais repletos de ramificações, enquanto amostras submetidas a expressões como "eu te mato" ou "você me irrita" não formaram cristal algum, permanecendo numa forma difusa.

O modo como essas "energias" afetam as moléculas ainda é desconhecida, mas o fato em si pode ser observado cientificamente. O estudo de Emoto ganhou tanta notoriedade que inspirou o filme "Quem Somos Nós?", um documentário baseado em pesquisas na teoria quântica sobre o poder que a mente possui de alterar estruturalmente a realidade física.





Isso nos faz pensar que, apesar de não se ter uma explicação para este fato, a água realmente pode ter a capacidade de "memória" tão referida pelos defensores da homeopatia.








E nos faz ficar mais fascinados ainda quando lembramos que o nosso corpo é composto por aproximadamente 70% de água!








E aqui vai um vídeo de um trecho do filme "Quem Somos Nós?" que mostra os cristais de água:

Referências:

Posted by Jéssica Othon

A pedido do MHL...


Olá!
Nós, integrantes do grupo de homeopatia, recebemos do professor de bioquímica da UnB, Marcelo Hermes Lima, um artigo publicado por um mexicano, Martín Bonfil Olivera.O grupo achou interessante postar um pequeno resumo, afim de trazermos ao blog uma opinião distanciada dos integrantes, além de mostrarmos a maneira extremamente negativa como diversas pessoas enxergam o tratamento homeopático.

O artigo menciona as propriedades particulares da água, as quais são responsáveis pela possibilidade da existência da vida na Terra, com a finalidade de introduzir o assunto pontes de hidrogênio(grandes responsáveis por tais propriedades). A partir daí, relaciona esse tipo de interação intermolecular com a memória da água, princípio sobre o qual se edifica a homeopatia, finalizando o texto expressando visão contrária a ela, inclusive utilizando uma imagem inadequada que ironiza e despreza os medicamentos homeopáticos, comparando-os a água de esgoto.


Imagem utilizada pelo autor Martín Bonfil
para ridicularizar o princípio da memória da água.


AS PROPRIEDADES DA ÁGUA E AS PONTES DE HIDROGÊNIO

A água possui propriedades indispensáveis para que haja condições favoráveis à vida na Terra. Dentre elas, pode-se começar pelo seu congelamento anômalo.Sabe-se que entre 4 e 0 graus Celsius a água sofre aumento volumétrico, tornando-se menos densa. Dessa forma, é possível que o gelo flutue sobre o líquido em mares e lagos congelados, permitindo que a vida aquática prossiga normalmente, além de formar uma camada isolante térmica na superfície.

A água também possui o que chamamos de tensão superficial, provocada por interações entre suas moléculas, que forma uma "película" superficial, sobre a qual certos insetos podem andar sem afundar.

Podemos lembrar também que a água sai da raiz de grandes árvores e percorrem grandes alturas até as folhas graças à coesão entre as moléculas.

As propriedades citadas têm em comum o fato de existirem como consequência das chamadas pontes de hidrogênio, interações intermoleculares que mantém as moléculas bastante unidas. E são essas forças que os homeopatas utilizam para explicar a memória da água. Dizem que a presença de outra molécula entre as de H2O geram um conformação diferenciada na água que é capaz de ser mantida pelas pontes de hidrogênio, como se fossem moldes. Assim, mesmo quando a solução for composta por nada mais que água, após as grandes diluições, ela conservaria as propriedades da substância "moldada".

Até então, o autor apenas explica o que é a memória da água. Logo em seguida, apresenta um estudo publicado na revista Nature por Igor Stipokin, da Universidade Estatal de Wayne, Detroit, que utilizou técnicas de espectroscopia avançadas para averiguar se as pontes de hidrogênio eram mesmo capazes de manter esses "moldes". Foi concluído que a água não possui essa capacidade, o que suporta a opinião contrária de Martín Bonfil quanto à homeopatia, concluindo o artigo ironizando novamente:

"La investigación laboriosa demuestra que los enlaces de hidrógeno bastan para explicar las cualidades del agua, pero no las supuestas propiedades mágicas de la homeopatía, que resultan ser sólo fantasías sin base científica." Martín Bonfil Oliveira

Bibliografia:

http://impreso.milenio.com/node/8983611


Posted by Jessica Ramos.

sábado, 2 de julho de 2011

Propriedades do solvente (água) nas altas diluições

Olá, seguidores!

O post de hoje tem como finalidade tentar esclarecer um pouco mais a ideia já citada de "memória da água" nos preparados homeopáticos. Afinal, como esses remédios, compostos basicamente de solvente (água), podem trazer os benefícios da substância base se esta nem está mais presente no frasco vendido aos consumidores?

Segundo o pesquisador mexicano Guarjado Bernal (1990), essa capacidade da água de transmitir informação deve-se a basicamente duas propriedades: (1) a modificação da própria estrutura da água e (2) a emissão de campos eletromagnéticos pelo solvente.

Modificação Estrutural (hipóteses)

Os pesquisadores Gutmann e Resch (hipótese da organização de sistemas moleculares) e Angel Salas (hipótese dos cristais líquidos) foram os principais formuladores dessa teoria, que, como o próprio nome diz, consiste na alteração estrutural do solvente após entrar em contato com a substância base, permanecendo assim mesmo após o desaparecimento das moléculas base, após sucessivas diluições (acima de CH12).

Paul Caro afirmou, em 1989, que não se entende como conformações de algumas moléculas de água em torno do substrato "poderiam ser estáveis no tempo e resistir à agitação e à transferência das soluções de um recipiente para outro".

Todavia, o atual estágio de conhecimento da Física permite constatar que tais modificações realmente ocorrem, mas necessitam da presença de moléculas do soluto. As impressões moleculares específicas de uma substância diluída, portanto, desaparecem quando seu grau de diluição ultrapassa o grau de diluição CH12.

Callinan (1987), autor australiano, propôs então que a elevação da energia térmica mediana faria com que fossem atingidos estados vibratórios estáveis. Entretanto, esta teoria não foi comprovada cientificamente.

Efeitos Eletromagnéticos (hipóteses)

Físicos italianos propuseram a hipótese de modificações de natureza eletromagnética da água.

Como especialistas da teoria quântica dos campos eletromagnéticos, eles demonstraram matematicamente que, quando em contato com uma substância de caráter dielétrico, a água pode se organizar de forma coerente e, assim, manter um "carimbo" eletromagnético da substância base.

Lembrando que não se trata de uma modificação estrutural, mas sim de uma organização dinâmica da água. Seguindo as regras da mecânica quântica, as moléculas de água se organizariam de forma a proporcionar um efeito como o laser.

No entanto, esse "laser aquático" também necessita da presença de moléculas base para se manter!



Como se pode observar, não se trata de uma revolução científica, mas apenas de hipóteses. Permanecendo, assim, o mistério em relação à "memória da água".

Referências:
homeopatiaacademica.webs.com/marcoteorico.htm
homeopatiaahora.blogspot.com/2011/03/new-homeopathic-scientific-research.html



Posted by Jéssica Othon

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Abordagem homeopática para tratar infecções- parte II

A letal Atropa belladonna

Olá leitores! Este é o segundo post da série sobre a peculiar abordagem homeopática para o tratamento de infecções. Como mostrado no post anterior, o processo infeccioso foi o fator que levou ao crescimento, popularidade e relativa aceitação da homeopatia no mundo ocidental. De fato, seguindo-se os princípios fundamentais da farmacogênese homeopática, as condições infecciosas mostram-se como alvos adequados e potenciais para o tratamento por esta linha alternativa da medicina. Isso se deve ao fato de que o “sucesso” de uma doença infecciosa no corpo representa não apenas a devida entrada e prevalência do agente etiológico, mas também a falha do sistema imunológico do organismo hospedeiro em reverter os efeitos da infecção por meio da aniquilação ou inativação do invasor ou suas atividades. Como sabemos, os tratamentos homeopáticos visam justamente fortalecer o organismo, tratando a doença, mas também ensinando o corpo a manter sua força e repelir por si só a patogênese. Além disso, uma falha nos sistemas de defesa do organismo está frequentemente associada a uma debilidade holística do corpo, podendo ser provocada por reações psicossomáticas como o stress ou a exaustão, conseqüências de um determinado estilo de vida do paciente.

Assim como em todo tratamento homeopático, também se segue o princípio da similitude, e quanto maior ela for mais eficaz será a cura, segundo os homeopatas. Para compreender este processo mais a fundo, analisemos especificamente o princípio de ação de um fármaco homeopático frequentemente indicado para certos tipos de infecção, derivado de estratos herbáceos da angiosperma Atropa belladonna, conhecida popularmente por sua extrema toxicidade e letalidade.

Segundo os tomos de Materia Medica homeopática, a beladona é indicada para uma variedade de condições, dentre as quais os casos de infecção quando estes se manifestam com febre acompanhada de enrubescimento da pele e mucosas, com sentimentos de ondas de calor pelo corpo, além de sentidos excessivamente aguçados e sensibilidade a toque, luz, barulho ou emoções fortes. Há também delírios, alucinações e sonhos vívidos.

Diferentemente de um antibiótico alopático convencional, que concentraria sua ação na inativação ou morte dos agentes infecciosos, a aplicação de beladona homeopática visaria a simular em microdiluições os efeitos fisiopatológicos da doença, tal como descritos acima. Na verdade, os princípios ativos de Bella, presentes sobretudo na raiz e frutos da planta, são alcalóides tropânicos de ação anticolinérgica como atropina (Fig 1.1), escopolamina e hyosciamina. A atropina, por exemplo, diminui a atividade de músculos e glândulas reguladas pelo sistema nervoso parassimpático, tendo em vista sua ação como competidor antagonista a receptores muscarínicos de acetilcolina (neurotransmissor associado à atividade do sistema nervoso parassimpático) em células do sistema nervoso central e periférico (Fig 2). Uma das primeiras e mais evidentes conseqüências desta atividade bioquímica seria a dilatação da pupila, pois a contração do músculo esfíncter circular da pupila (mediada por acetilcolina) seria bloqueada, permitindo a ação do músculo dilatador da pupila. Logo, a pessoa em quem se administrasse doses consideráveis de atropina certamente teria mais sensibilidade e irritação na presença de luz. Além disso, a atropina diminuiria a ação do nervo vago, majoritariamente suprido por fibras parassimpáticas. Tal nervo tem a função de mediar o transporte de acetilcolina para o tecido cardíaco, controlando o ritmo do coração. Logo, a pessoa também apresentaria taquicardia, aumentando o quadro sintomatológico que assemelharia a intoxicação a uma infecção.

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Fig 1- Estrutura molecular da atropina.

Fig 2- Mecanismo normal de ação dos receptores de acetilcolina.

Estes são apenas dois exemplos de como uma droga que inibe a ação do sistema nervoso parassimpático leva a um quadro de prevalência de seu antagonista, o simpático, conhecido como o organizador dos estímulos de “lutar ou correr". Além das pupilas e taquicardia, a pessoa também sentiria náuseas, tontura, perda de equilíbrio, boca seca e mudanças da atividade vascular. Outra característica importante da atropina é que ela consegue atravessar a barreira hematoencefálica, potencialmente ocasionando alucinações, confusão mental e excitação, sintomas que se ajustam perfeitamente ao quadro fisiopatológico de algumas enfermidades infecciosas. Logo, aplicando-se o princípio da similitude homeopática, tem-se aí uma droga perfeitamente adequada para servir de matéria prima das drogas homeopáticas anti-infecciosas, muito embora os medicamentos manipulados de Bella possam nem ter probabilidades estatísticas de conter traços das moléculas ativas.

Posted by Vitor Paiva

Referencias:

http://www.naturalnews.com/023595_homeopathic_medicine_homeopathy.html

http://abchomeopathy.com/r.php/Bell

http://blog.hmedicine.com/homeopathy-and-homeopathic-medicine-blog/bid/4592/Homeopathic-medicine-Belladonna

http://blog.hmedicine.com/homeopathy-and-homeopathic-medicine-blog/bid/4592/Homeopathic-medicine-Belladonna

http://en.wikipedia.org/wiki/Atropa_belladonna


quarta-feira, 29 de junho de 2011

Agravações homeopáticas

Olá!

A administração de remédios homeopáticos pode resultar na melhora imediata dos sintomas da doença ou passar por uma agravação destes, porém ambas as evoluções geralmente são seguidas da cura da doença. Ater-me-ei, neste post, às agravações, falando primeiro de alguns conceitos e, logo após, de casos clínicos com agravações. Infelizmente, devido à falta de literatura rica sobre o tema, alguns homeopatas desacreditam nele, constituindo-se num tema polêmico até mesmo dentre os que creem na homeopatia.

“Aumento de sintomas importantes do estado de doença, que segue à administração do medicamento específico ao doente, agravação esta tanto mais aparente quanto maior a similitude global do medicamento escolhido.” Hahnemann – Ensaios sobre um novo princípio (1798).

“Intensificação transitória dos sintomas que sobrevém depois da administração a um doente de medicamento escolhido segundo o princípio da semelhança.” Kent (1849-1916).

As agravações (ou agravamentos) primárias ocorrem devido às ações farmacodinâmicas. Elas resultam da soma de duas doenças: a natural, da qual o paciente foi se tratar, e uma outra, artificial, resultante das próprias ações dos medicamentos. Quanto maior o agrave, maior a similitude dos efeitos do medicamento com a doença. Eventualmente, pode acontecer quando o simillimum, mesmo estando correto, é administrado de forma incorreta, ou seja, com diluição baixa e de forma repetida. O seu aparecimento levou Hahnemann a reduzir gradativamente as doses até níveis baixíssimos de concentração, para tentar evitá-las e conseguir uma melhora com menos efeitos ruins ao paciente.

“Não há como prever uma agravação homeopática. Ela não depende do médico; nem do medicamento, e sim da postura do organismo (sintonia, sensibilidade) frente a um estímulo correto na qualidade, porém excessivo na intensidade. Pode ocorrer com qualquer dinamização, desde C3, C6... após uma única dose... dentro dos primeiros dias... ou horas.”

É muito mais comum a ocorrência dos agravamentos em casos crônicos que em agudos, haja vista que, quando ocorrem, costumam aparecer poucos dias após a administração do remédio, porém costumam levar a uma grande melhora após algum tempo. Para os homeopatas que defendem a existência dos agravamentos, seu aparecimento costuma ser um alívio, pois indica que houve acerto na escolha do remédio.

A agravação não deve ser vista como algo prejudicial, pois ela pode ser entendida como um “sinal” que indica o começo da eficácia do tratamento homeopático.

A administração de alopáticos para o alívio dos sintomas de um agravamento pode ser de boa ajuda também, pois já houve a resposta do corpo à doença natural e ao simillimum, fato que pode melhorar a recuperação do paciente, pois a atenuação de sintomas é melhor ao bem-estar da pessoa. A utilização da alopatia para uma complementação à homeopatia, nestes e em outros casos, é vista com bons olhos por alguns (mas nem todos!) homeopatas, porque o verdadeiro e final objetivo de um bom médico é o bem-estar e a cura do seu paciente, não importando se há a utilização de alopatia, homeopatia ou ambos.

Vou apresentar agora três casos clínicos nos quais ocorreram agravações. (Casos acompanhados pela Profª Anna Kossak Romanach)

O primeiro (homem, 19 anos) se trata de um caso de herpes zoster que evoluía há cinco dias, com lesões circundando o hemitórax direito, causando ardor e dor intensa, que impossibilitavam os movimentos no membro superior direito. Havia suor pegajoso e agravava-se à noite. O paciente era deprimido e calado. (É bom lembrar que os aspectos psicológicos também são relevantes na escolha do medicamento homeopático). Foi utilizado primeiramente Mercurius solubilis.





Aspecto inicial, antes do tratamento com Mercurius solubilis.






3º dia após Mercurius solubilis. Agravo: lesões bolhosas deixando transparecer conteúdo sanguíneo purulento. Em contraste com o aspecto horrendo das lesões, o paciente estava assintomático, sentindo-se ótimo. Adotado Ranunculus bulbosus.




No 7º dia, as lesões melhoraram. Foi mantido o Ranunculus bulbosus e solução anti-séptica.





Por telefone, ao 15º dia, o paciente declara-se curado. Foi convocado para um exame. Estava em processo de cicatrização. Solicitado o uso de pomada de Calendula.




No 33º dia, a pele encontrava-se próxima à normalidade.






Este outro (mulher, 26 anos) se trata de uma piodermite crônica na região do antebraço, evoluindo há três anos. A paciente era cooperativa, de aparência alegre, mas confessava ser irresoluta, triste e chorosa, além de ser sensível à música e com tendências à obesidade.

(Clique na imagem para uma melhor resolução)


E o terceiro (mulher, 24 anos) se trata de um caso de acne e dermatofitose, que ocorria “há muitos anos”. Apresentava hipersudorese, prurido cutâneo noturno, astenia e memória fraca. Era extremamente sensível ao frio, fato evidenciado pelas vestes de lã em pleno verão. Pessoa insegura e melancólica.

(Clique na imagem para uma melhor resolução)


Fontes:

http://homeopatia-chl.blogspot.com/2008/06/agravamento-homeoptico.html

Agravações Homeopáticas - Profª Anna Kossak Romanach

Dr. Celso Fernandes Batello - Homeopatia x Alopatia: Uma abordagem sobre o assunto


Posted by Leonardo

sábado, 25 de junho de 2011

Abordagem homeopática para tratar infecções- Parte I

Em posts anteriores, foi exposta a interessante história da homeopatia, que está em íntima relação com a maneira pela qual a ciência era percebida no século XIX- um período em que a modernidade capitalista e industrial se consolidava no mundo ocidental, às vezes de maneira traumática e difícil para muitas pessoas. Trata-se de uma época em que a própria medicina baseada em evidências comprováveis dava seus primeiros passos em direção ao relativo “avanço” que temos hoje, e muitas vezes os tratamentos convencionais científicos utilizados eram tão agressivos aos pacientes que matavam mais do que curavam. Para se ter uma idéia, foi somente em meados do século que o éter e clorofórmio inalados passaram a ser utilizados como anestesia em cirurgias, mas mesmo assim muitos pacientes morriam intoxicados ou em decorrência de infecções hospitalares, cuja causa era desconhecida pelos médicos. Foi nesse contexto que surgiu a homeopatia, primeiramente com os trabalhos de Hahnemann, na Europa Continental, e depois rapidamente se popularizando e chegando à América do Norte. Podemos atribuir esta grande popularidade galgada pela homeopatia no século XIX à “selvageria” da medicina convencional, tendo em vista que dificilmente um paciente sofria efeitos colaterais com o tratamento homeopático, e mesmo que ele não surtisse efeito aparente, pelo menos não matava o doente. Além disso, o raciocínio holístico era o que muitas vezes faltava, proporcionando um importante passo para a cura.

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No século XIX, a homeopatia era percebida como um tratamento mais desejável que os leitos de contenção sanitária convencionais.

O jornal parisiense alerta a população para o perigo iminente da “foice” colérica.

Na verdade, especula-se que a homeopatia tenha conduzido ao abandono de práticas medicinais obsoletas no século XIX, como a ainda utilizada técnica de sangrias. É provável que a práxis homeopática levou cientistas e médicos a uma nova linha de pesquisa e busca de remédios e técnicas não invasivas, menos agressivas e mais eficientes no tratamento. Se juntarmos a isso as grandes descobertas feitas no campo da microbiologia e sanitarismo, percebemos o fenômeno que levou ao grande progresso da medicina na Idade Contemporânea. Estudos de história da medicina mostram que a homeopatia atingia os maiores índices de popularidade durante as freqüentes epidemias de cólera, escarlatina, febre amarela e tifóide enfrentadas pela população da Europa e Estadas Unidos na época. As grandes epidemias de cólera passaram a se tornar freqüentes na Europa em 1817, quando se especula que a doença tenha se espalhado por rotas comerciais da Índia até a Rússia. Somente no país czarista, de 1847 até 1851, mais de um milhão de pessoas pereceram em função da agressiva desidratação provocada pela moléstia.

Hampton House, antigo hospital homeopático em Bristol, Inglaterra

As evidências historiográficas mostram que as taxas de morte por cólera em hospitais homeopáticos eram menores em até um oitavo daquelas de hospitais convencionais. Como resultado do sucesso, havia no início do século XX mais de 100 hospitais homeopáticos e 22 escolas especializadas no tema. É claro que se pode atribuir esta maior eficiência da homeopatia no tratamento de doenças infecciosas à menor lotação de tais estabelecimentos em períodos de epidemias (é de se imaginar que o tratamento homeopático era mais caro que o oferecido em hospitais epidêmicos convencionais), o cuidado mais focado e intensivo com o paciente e a ausência de práticas agressivas e com efeitos colaterais (mais uma vez, o tratamento podia ser ineficiente, mas pelo menos não agredia o doente). No entanto, o fato é que a homeopatia abriu precedentes para novas possibilidades de tratamento, o que foi de suma importância para o raciocínio médico do período. Além disso, agiu como um mecanismo de incutir na medicina uma preocupação humanista, o que serviu como um contraponto ideológico em uma época em que começavam a surgir as teses de eugenia e superioridade racial, tão prejudiciais ao século XX.

Em função desta interessante relação da homeopatia com o tratamento de infecções, passaremos agora a postar uma pequena série de posts que exploram as alternativas homeopáticas para antibióticos ou antivirais. Embora os princípios bioquímicos de tais medicações só possam ser avaliados se pensarmos no que eles causariam ao corpo em maiores concentrações, é interessante aplicar tal abordagem à lógica da homeopatia, assim como fizemos quando narramos as possibilidades de tratamento homeopático para a depressão. Aguardem!

Posted By Vitor Paiva

Referencias:http://herbs.lovetoknow.com/Homeopathic_MRSA_Treatment

http://www.naturalnews.com/023595_homeopathic_medicine_homeopathy.html

http://en.wikipedia.org/wiki/Homeopathy

http://gr9museumproject.asb-wiki.wikispaces.net/Joshua

quarta-feira, 22 de junho de 2011

O uso de glóbulos como veículos na homeopatia

O USO DE GLÓBULOS COMO VEÍCULOS NA HOMEOPATIA

Aqueles que se tratam com a homeopatia com certeza conhecem as famosas bolinhas açucaradas, que são prescritas como remédios homeopáticos. Entre as crianças, o mais difícil é controlar a quantidade ingerida. Por serem feitos de sacarose, os glóbulos possuem um sabor adocicado, por isso acabam por parecer mais com balas que com remédios. Esse fato interessa bastante à indústria farmacêutica, que possui alta preocupação com a aceitação do remédio pelos usuários. Além de possuírem a preferência dos pacientes (por apresentarem sabor agradável e maneira mais prática de utilizaçao), os glóbulos proporcionam uma maior eficácia nos tratamentos e consequente satisfação dos consumidores, pois a bolinha açucarada não costuma ser alvo de rejeição dos usuários. Dessa forma, ela acaba por diminuir os casos de interrupção do tratamento pelo próprio paciente.

Os glóbulos são fabricados com sacarose(açúcar comum) a partir de um processo chamado drageamento, no qual adquirem forma esférica. São bastante solúveis em água e pouquíssimo solúveis em álcool. É importante lembrar que, por serem constituídos de açúcar, possuem utilização com restrições a diabéticos.

As esferas açucaradas parecem ter sido utilizadas primeiramente por Hahneman, que relatou por escrito que um amigo confeiteiro as fornecia. Para funcionarem como veículo para a homeopatia, passam por um processo de impregnação. Primeiramente, a solução é preparada segundo os princípios homeopáticos de diluições e agitações, se tornando então dinamizada. Então, os glóbulos são colocados dentro da solução, para que possam absorvê-la, e postos para secar, pois ficam úmidos. Esse processo é repetido diversas vezes até que seja atingido o grau de absorção desejado. Vale destacar que, como mencionado anteriormente, os glóbulos são solúveis em água, o que faz necessário que a solução dinamizada seja diluída em álcool. Quanto maior o teor alcoólico da solução, maior a impregnação.

A maneira de utilização do medicamento é por meio de lenta diluição na boca, que proporciona rápida absorção pelo organismo. É importante saber que existem tamanhos diferentes de glóbulos, os quais são escolhidos de acordo com a preferência de cada farmácia. Entretanto, o tamanho não costuma ser considerado pelos homeopatas ao prescrever o número de glóbulos, apesar de cada um deles possuir dosagem diferente de medicamento. Isso acontece porque, diferente da farmacologia clássica, a dose dos remédios pode ser estabelecida experimentalmente, aumentando-se gradativamente caso a melhora do paciente seja pequena. O tratamento com outros remédios nao homeopáticos muitas vezes requer que as doses sejam respeitadas de forma rígida, pois podem se tornar tóxicos em maiores quantidades.

Fonte:


Posted by Jessica Ramos